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Hotelaria: A oportunidade de ser um profissional de sucesso com uma boa remuneração no Brasil e no mundo

Hotelaria: A oportunidade de ser um profissional de sucesso com uma boa remuneração no Brasil e no mundo

O que é hotelaria?

Se você sonha em cursar hotelaria, mas acha que o profissional de hotelaria só trabalha em hotéis e passa finais de semana atendendo hóspedes, esse artigo é feito para você!

O profissional de hotelaria atua, claro, em hotéis, resorts, pousadas, mas também em flats, spas, condomínios comerciais, parques, shopping centers e até com hotelaria hospitalar; atuando com serviços de acomodação, alimentação, recreação, lazer etc.

O setor de hotelaria no Brasil sofreu um boom em 2014, com a Copa do Mundo, e 2016 com as Olimpíadas no Rio de Janeiro. O país ganhou novos hotéis, reformas e renovações de antigos para receber pessoas do mundo todo. A chegada da pandemia deu um desaquecida no mercado sem dúvidas, mas o pós-pandemia é muito promissor e segundo uma pesquisa divulgada pela HSMAI – Hospitality Sales & Marketing Association International o faturamento de 2022 será igual ao de 2019, no período pré-pandemia.

Hotelaria é um braço da área de turismo e um bom profissional dessa área deve, primeiramente, gostar de lidar com pessoas. Seja hóspedes ou equipe, lidar com pessoas é a maior parte do trabalho. Por isso, uma comunicação efetiva é essencial e uma característica importantíssima. Comunicação não apenas na língua materna, mas atuar com hotelaria é também saber falar outros idiomas. Se você sonha com essa área, saber inglês é tão básico quanto saber português e, no mais, todo idioma que tiver oportunidade de aprender será um diferencial para sua carreira profissional.

Afinal, o que faz um profissional de hotelaria?

Supervisão de equipe do hotel, resort, pousada etc.; organização de infraestrutura para evento no local; coordenação de acomodação, alimentação, transporte etc. de eventos promovidos ou sediados no hotel, gerenciamento de tours para grupos hospedados no local de trabalho, coordenação de serviços no hotel em geral.

Em geral, ele é responsável pelo bom funcionamento e direção dos lugares em que trabalha, seja hotel, pousada ou spa, por exemplo. Confira alguns cargos possíveis para quem se forma em hotelaria.

Ele pode atuar nas áreas de Administração de Empreendimentos, Concierge, Eventos, Gastronomia, implementação de empreendimentos hoteleiros e até Hotelaria hospitalar.

Cargos, funções e rotinas

Trabalhando no setor hoteleiro, dificilmente você terá uma rotina de horário comercial, trabalhando de segunda à sexta e folgando aos finais de semana. Atuar na área de turismo é trabalhar com escalas, variando de acordo com o tamanho do empreendimento que você está empregado, claro!

Os departamentos mais conhecidos – e os mais importantes – são a recepção, governança e gerência. Assim, a rotina de trabalho, na maioria das vezes, é dividida em uma jornada de turnos diários e noturnos. Afinal, são locais de trabalho que, na maior parte do tempo, funciona 24h por dia, 7 dias na semana, para que os hóspedes e/ou clientes sejam atendidos a qualquer hora do dia.

Entenda as áreas de maior atuação de profissionais de hotelaria

Recepção

O departamento que é a cara do hotel, afinal é o primeiro contato presencial do hóspede com seu hotel e um ponto estratégico, já que tudo o que ele precisar, ele pedirá na recepção. Ou seja, trabalhar na recepção é trabalhar com atendimento 100% do tempo. Se você começar por esse cargo, lembre-se de ser sociável, paciente, organizado e estar com idiomas em dia. Na recepção, a equipe realiza registro de entrada e saída de hóspedes, controla e lança despesas e faz o acerto de contas no check-out.

Governança

Esse é o setor responsável por manter todas as áreas do hotel em ordem e em boas condições de higiene. É um setor indispensável em qualquer empreendimento de estadias porque ele é responsável por grande parte da experiência do usuário e má limpeza ou conservação pode marcar o hóspede negativamente para sempre. Assim, se você trabalha no setor de Governança, você poderá ser chefe, camareira e auxiliar de limpeza e organização dos quartos. Além disso, esse é o setor que aciona equipe de manutenção para reparos, controla estoque de materiais e cuida da lavanderia do hotel.

Gerência

O chefe! Responsável por administrar todos os departamentos do hotel, deve conhecer o funcionamento de todos os setores, desde reservas até a limpeza. Ser gerente é fazer a gestão de tarifas, despesas, cumprimento da rotina hoteleira, cuidar do marketing e publicidade e todas as atividades comerciais e internas. Assim, quando se chega à gerência, geralmente o profissional já tem anos de experiência e passou por diversos setores.

E os outros setores de um hotel, em quais áreas eu posso atuar, além das três principais?

Alimentos e Bebidas

Responsável por toda a alimentação oferecida no hotel como restaurante, bar, serviço de quarto e qualquer venda de alimento do empreendimento. Se o local realiza eventos como congressos, seminários etc., é função desse setor também.

Reservas

Um setor totalmente dedicado a resolver tudo que diz respeito à reservas. Trabalhar nessa área é consultar disponibilidade de apartamentos, registrar no sistema o hotel, enviar a confirmação e procedimentos de pagamento aos clientes e/ou hóspedes e repassar as informações para a recepção. É um departamento que deve ser extremamente organizado para executar o trabalho com rapidez e eficiência.

A faculdade de hotelaria e porque se formar nessa área pode ser promissor

A graduação de Hotelaria possui duração média de três anos, se formando tecnólogo. Durante o curso, o aluno irá frequentar disciplinas teóricas e práticas. Disciplinas básicas como Filosofia, Contabilidade, Economia Mundial e Inglês, até as específicas como Alimentos e Bebidas, Operações Hoteleiras e Gestão de Viagens.

Se formar nessa área pode ser promissor porque é uma graduação que te permite trabalhar em qualquer lugar do mundo, desde que você saiba idiomas. Já pensou em sair do Brasil e trabalhar com turismo na Ásia, Europa e países do mundo todo? Ou até mesmo em qualquer lugar do Brasil.

O mercado de trabalho para profissionais formados em Hotelaria possui um amplo campo de atuação e o Brasil possui um grande potencial turístico, ajudando muito na oferta para profissionais. Uma das áreas que mais contrata profissionais dessa área é a de gestão e organização de eventos como feiras, exposições e convenções.

Iniciar nessa área pode lhe render um salário base a partir de R$ 1.800, lembrando que esse valor pode variar de acordo com cada região do Brasil. Depois de adquirir experiência e se desejar chegar à gerência, o salário de um gerente geral pode chegar na média de R$ 7.000,00 a R$ 9.000,00.

Esse é seu sonho? Então, matricule-se agora na FANORPI e comece a tornar esse sonho real.

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Um aprendizado permanente*

Um aprendizado permanente*

Os seres humanos nascem com os aprendizados que vem de fora, pais, educadores e a sociedade, amigos, mídias, redes sociais. Mas o que é a vida senão esse aprendizado permanente, essa busca pelo conhecer, quem somos como vivemos e o que desejamos para o futuro individual e coletivo.

Sabemos viver hoje num tipo de mundo onde a estupidez é ouvida, a inteligência é ignorada e o pensar é considerado uma perda de tempo, algo sem valor, imaginar e criar então, são inapropriados. Enunciar o mundo como ele é, ou imagina ser é uma rotina instalada e a ser seguida. Repetir, opinar sem argumentos elaborados, sem conhecer com profundidade são praticas decorrentes em grande escala presente, sobretudo, nas mídias e nas redes sociais.

Construir argumentos exige leitura, atenção, concentração e um conjunto amplo de entendimentos dos fenômenos observados que não se compõem separadamente e, sim, numa rede ampla de relações objetivas e subjetivas, de códigos nem sempre inteligíveis e identificáveis

Com dizia o filósofo alemão Arthur Schopenhauer “A tarefa não é ver o que ninguém viu ainda, mas pensar sobre o que ninguém pensou sobre algo que todos veem”. Esta não é uma tarefa fácil, mas possível. Usar o intelecto para pensar além do cotidiano apresentado, da realidade aparente estruturada. Normalmente caminha contra a corrente. Cabe aos pesquisadores, intelectuais criar ideias, criar pensamentos e articulá-los com um fundamento valorativo que compõem formas amplas não de junção de ideias, mas de uma rede de ideias que se estabelecem no processo. Esses descobrimentos e invenções ocorrem a todo o momento mundo afora, na medida em que as leituras, as pesquisas e reflexões passam a existir.

Nos diálogos, onde ideiais e propostas provocativas nascem, em aparentes conflitos, podem nesse meio brotar novas trilhas, novos caminhos para estabelecer outro processo civilizacional. Esta é nossa sina, captar esses sinais para que deles possamos estabelecer interpretações possíveis sem fecharmos as discussões e os debates para que as composições de ideias se transformem em propostas e essas quem sabe algum dia em paradigmas.

Os educadores desse novo tempo se formam nas teorias, metodologias e nas práticas, onde é preciso agir com cautela e com profundidade para pensar e refletir sobre os processos em curso. O educador precisa sempre e necessariamente ser educado, acreditar e buscar uma formação permanente. Estar sempre disposto a ler, apreender e compreender o mundo. O apreender é de uma complementaridade que não finda jamais, quanto mais, mais instigado fica de buscar saberes, conhecimentos, experiências que possam contribuir para sua vida de educador. Porque o educador crítico, ao entender o traçado que nos trouxe até aqui, sempre terá condições de olhar e avaliar as possibilidades futuras, com o exercício de novos cenários, onde dialoga com o amanhã, tentando, no conjunto de seus interlocutores, encontrando pistas para sua realização. Isso implica num constante pensar e na capacidade de imaginar e criar novos exercícios individuais e coletivos de futuro.

* Paulo Bassani é Sociólogo, Escritor e Professor Universitário
** Arthur Barbosa Bassani é Estudante de Agronomia da UEL

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Desafios da perspectiva holística

Desafios da perspectiva holística

A perspectiva central da visão holística é de compreender os fenômenos em sua totalidade, em toda sua abrangência. Uma episteme que se estende por uma hermenêutica que tenta suprir a narrativa de partes, isoladas, fragmentadas. O termo foi criado por Jan Christiaan Smuts em 1926 que assim definia: "tendência da natureza de usar a evolução criativa para formar um 'todo' que é maior do que a soma das suas partes". Lembrando que o termo tem origem grega “holos” que significa todo, inteiro, englobante, integral.

Deste entendimento há uma forma científica crescente que se designou chamar de holística que seguem outro fundamento epistêmico e hermenêutico próprio. Este pensar considera que a Terra é viva e que os seres humanos são parte dela, e esta compreensão dá-se através de uma modelagem teórica e metodológica inter, multi e transdiciplinar. Desta forma, questionam os fundamentos de cada ciência moderna, instituída, de origem cartesiana.

A concepção central reside na aceitação da idéia que os modelos evoluem e, ao evoluir há uma imprevisibilidade do comportamento dos fenômenos observados e percebidos. Uma explicação adequada deste princípio foi enunciada pelo geofísico Edward Lorenz, criador da analogia do “efeito borboleta”, que resumidamente, se refere a que o simples e sutil deslocamento do ar produzido pelas asas de uma borboleta pode dar início, por uma associação de forças decorrentes, a um furacão, um movimento gigantesco. O autor apresentou em seus estudos que os sistemas climáticos são sensíveis as condições iniciais desde sua origem, mesmo que sejam associadas às mudanças climáticas em curso, em decorrência das ações humanas, urbanas industriais, assim como no modelo agropecuário hegemônico. Entende-se também que há um envelhecimento do planeta, hoje com cerca de 4,7 bilhões de anos, também causado pelo aumento do calor vindo do sol, pois o sol fica mais quente à medida que envelhece, lembrando que assim ocorre com todas as estrelas do Universo.

Este pensar holístico permite-nos o reconhecimento de que somos sujeitos ativos das mudanças planetárias. Percebemos, entendemos e fazemos parte dos impactos da ação humana, nesta alta modernidade. E este entendimento nos coloca diante de um compromisso como preservadores e restauradores do patrimônio natural do planeta. E de entendimento dos significados desse compromisso universal que transcende o indivíduo no tempo e espaço, no presente e no futuro.

O olhar holístico, em última instância, enfoca o ser humano em relação ao microcosmo e o macrocosmo. O homem em sua relação, e, deste com a natureza em todas as suas determinações. Tentando englobar todo o tipo de vida e suas interações, implicando na compreensão integral da vida pela filosofia, ciência, cultura e espiritualidade. Essa unidade originária do homem e a natureza, pois como natureza esquecida cultivada pela ciência moderna, agora começa a desvendar as possibilidades que esse entendimento e equacionamento, estejam no centro das questões analíticas e compreensivas de mundo. Esta perspectiva supera toda a visão dualista, disto ou daquilo, o qual reduz os olhares e perspectivas, uma polarização muito comum no mundo de hoje, dentro de um limite analítico das coisas do mundo e das coisas que formam o mundo.

O que se evidencia na visão holística é o equilíbrio no enfoque da vida de qualidade, com a sensatez de conjunto de relações necessárias do viver, e no movimento em que os fenômenos ocorrem e se desdobram. Isso implica numa preparação consciente de que a vida está acima de tudo sendo parte e unidade de tudo e de todos.

Paulo Bassani sociólogo e professor universitário

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Ciência em debate: Para que e para que fins

Ciência em debate: Para que e para que fins

Conhecimentos, saberes e inovações destrutivas existiram ao longo da formação e avanço da ciência. Sabemos que é preciso distinguir a ciência e seu uso, porém não há como separar as conseqüências desse processo. Assim entendemos que não há uma única maneira de olhar para a ciência. Vejo que ela é ambígua e paradoxal desde seus primórdios. Ao mesmo tempo em que foi uma das maiores iniciativas humanas geradas pela capacidade de imaginar, pensar e criar, também ela se tornou parte da escuridão e do desencantamento no processo de viver.

O pensamento científico moderno funcional-positivista criou uma anestesia mental afirmando que temos somente isso que foi criado, o que está visível para viver. Cito Francis Fukuyama que dizia termos com isso, chegado ao final da história. Todos os caminhos e, todos os modelos já estavam inventados, criados, construídos, agora apenas temos que seguir essa lógica, aperfeiçoando-a, inovando e ampliando através de suas determinações. Engessando um mundo editado e comprovado pelo capital, com uma forma de viver, pensar, trabalhar, consumir. Toda a inovação e empreendedorismo serão editados dentro desta concepção de aperfeiçoamento do sistema, ou seja, mais do mesmo, porém com inovações técnico-científicas que garantam seu prolongamento. Isso significa uma ampliação do presente, como uma redução de nossas capacidades imaginativas e criativas.

Ora, a história moderna se encarregou de demonstrar suas falácias, não ser boa nem, para todos os seres humanos, tão pouco para com a natureza. A ciência no qual acreditamos, contraria a esta, divulga e trata de caminhar no sentido de agregar avanços em todas as dimensões construtivas de mundo, tendo como princípio fornecer condições dignas de vida para todos os seres humanos com preservação da biodiversidade planetária. Nesta perspectiva ela é prudente, decente, criativa e colaborativa, tendo a compreensão da finitude humana e planetária, como pressuposto. Com essa compreensão científica, de suas limitações e finitudes, poderemos dialogar para entender os processos em curso e, do que queremos e do que podemos, assim como entender e tratar dos grandes desafios e problemas que temos pela frente e para onde estamos caminhando.

Por isso que ciência e ética devem caminhar juntas para que nos processos inventivos elas possam dialogar, entendendo as precauções, prevenções, cuidados, prudência, cautela e segurança. Aqui lembro o Princípio da Precaução, que nada mais é que a garantia contra os riscos potenciais que um determinado conhecimento técnico-científico possa ter, antes que suas manifestações diversas possam se expressar e que na origem, de maneira geral, não podem ser entendidos em sua completude. Segundo Maurício Mota, “o princípio da precaução envolve uma percepção inicial de riscos, diante da inexistência de certezas, inclusive quanto às percepções científicas”.

E sobre a incerteza da ciência em o que ela pode produzir em seus desdobramentos. Lembro do comentário de Antony Giddens, o qual afirmava: “hoje todos reconhecemos o caráter essencialmente cético da ciência, porque perdemos a ilusão da intangibilidade da certeza científica” Esta incerteza se situa num determinado tempo e espaço, por isso que todo tipo de risco deve ser considerado, que poderá gerar danos graves e irreversíveis para a humanidade.

Mesmo porque todo o conhecimento gerado pela ciência nos coloca num paradoxo ético fundamental: Criar para que e para quem e, com que fim. Este é o questionamento de hoje. Continua depois da publicidade

Paulo Bassani é sociólogo e professor universitário convidado pela FANORPI.

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Em busca de significados para a ciência: Nem toda ciência foi e é para a vida

Em busca de significados para a ciência: Nem toda ciência foi e é para a vida

Comentaremos neste ensaio um início de um debate referente à questão da ciência entre os negacionistas e os não negacionistas, os que confiam e se fundamentam na ciência e os que dizem ser a ciência apenas uma forma conspiratória. Entre todos que alegam essas questões é preciso que se faça uma ressalva importante e significativa. De que ciência estamos falando? De uma ciência que surgiu na era moderna para cá? De uma ciência que busca melhorar a vida das pessoas? Ou de uma ciência que cultiva a destruição a morte?

Penso que todo o conhecimento gerado pela ciência moderna nos coloca num paradoxo fundamental. Criar cientificamente algo para quem e com que fim. Esta pergunta deveria estar presente em todo laboratório científico, em todos os centros de pesquisa e em todos os tipos de ciências.

Negar simplesmente a ciência para que outro tipo de saber, de conhecimento se coloque no lugar, entre em cena, qual seja um conhecimento moral, religioso ou “conspiratório” no qual aparece como verdade ditada por uma tradição de um determinado grupo social, parece ser algo muito perigoso, pouco criativo.

Ser negacionista implica em recusar a existência, ou validade de algo, histórico, ou científico, mesmo com todas as comprovações existentes. Há nesta crença um entendimento de que em tudo há uma “grande conspiração”, uma “verdade oculta” principalmente quando essas verdades lhes causam excessivos inconvenientes. Em sua maioria são pessoas conservadoras, de extrema direita. Por isso é importante negar as mudanças climáticas, o aquecimento global, o holocausto com os judeus, a esfericidade da Terra, a chegada do homem a lua, a Terra ser o centro do universo e por aí afora. Um conjunto de conveniências morais e conservadoras.

Toda forma de ciência em algum momento particular é preciso que se diga que ao longo da história ocorreram momentos críticos, ou seja, momentos em que a ciência foi utilizada pelo poder econômico e ou político para destruir a vida natural e humana. Por exemplo, de utilizar a ciência para fins bélicos em construção de armas de fogo, nucleares, químicas, bacteriológicas e outros fins bélicos. A ciência que introduziu os agrotóxicos, a química na agricultura, a questão dos transgênicos, modificação genética de e benefícios a saúde humana discutíveis e, para manutenção das condições harmônicas da natureza, assim como o conjunto determinante destes ingredientes químicos comprometendo a fauna, a flora, as nascentes, as águas dos rios.

Há um conjunto de vários aspectos entre ciência tecnologia modernas que criaram mecanismos impactantes e excludentes de seres humanos em relação a outros seres humanos, e a isto, a história recente esta repleta de exemplos. Diante disso é necessário que se caracterize de que ciência estamos falando? A meu ver a ciência vinculada as ideias de poder, dominação e destruição foram e são problemáticas e, por outro lado as ciências criadas para melhorar as condições de vida das pessoas e de nossa relação com a natureza, digo de tecnologias alternativas sustentáveis que ao longo do tempo melhoraram nossa vida com qualidade no planeta. Estas invenções, vacinas, remédios, tratamentos em geral, são criações modernas possibilitaram condições de prolongar a vida de maneira geral com saúde, qualidade que ao longo das décadas e séculos facilitaram as formas de comunicação e sociabilidade.

Também lembro as tecnologias, produtos científicos, que encurtaram as distâncias, como os automóveis, aviões, os meios de transportes e de cargas que, se por um lado, facilitaram o acesso as pessoas para o seu deslocamento (trabalho, lazer) também servem para estimular um debate sobre a origem, avanço e o domínio de um determinado tipo de ciência emancipatória na qual defendemos. Ou seja, de uma ciência que contribua com as melhorias de vida para todos, com preservação e com as facilidades e belezas que existem nesta alta modernidade que vivemos. Este é apenas o inicio deste debate!

Paulo Bassani é Sociólogo, Professor Universitário convidado pela FANORPI.

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Ensaio de formas possíveis

Ensaio de formas possíveis

Vivemos tempos de incertezas, de angustias, tempos de tensão, tempos de descrença...

Isto gera para nossa condição humana um tempo possível de pensar novas possibilidades. Um tempo de pensar novas ideias, problematizar o passado e o presente, e lançar bases de futuro. Trata-se de rever profundamente nossa maneira de pensar e habitar o mundo. Nessa dimensão, no tempo que escrevo , torna-se um tempo possível de pensar novas formas de sociabilidade, convivialidade, de produção, de consumo.

Hoje, também, é um tempo possível de pensar novas formas na esfera política, portanto um tempo de pensar formas de re-construir, ampliar a democracia, um tempo para pensar as diversidades existentes de nosso povo de nossa gente. E há tantas diferenças, econômicas, sociais, étnicas, culturais, religiosas. Nesse sentido é um tempo possível de ampliação dialógica em todas as esferas entender e ouvir melhor a natureza humana que pede passagem para um novo tempo pós-pandemia. O longo inverno social está para findar e a primavera irá chegar.

Há uma degradação da economia e da política, determinada por um tipo de produção, mercado e consumo, abalado em todas as dimensões. Há evidencias que a democracia é, sobretudo, de mercado, onde anula o cidadão e estabelece a figura do consumidor. Um tempo que vigora formas de desencantamento da democracia pelas ameaças que nos cercam. Continua depois da publicidade

Necessitamos pensar, dialogar, planejar, sonhar e mudar as coisas. E elas não mudam facilmente, há muito que pensar muito que fazer. Algumas mudanças ocorrem, as transformações são mais demoradas, mais laboriosas e exigem um esforço muito maior.

Não podemos cair numa esteira de desencantamento, de escuridão de distopia. Devemos nos deixar levar pela reconstrução de possibilidades, alternativas, formas possíveis, emergentes e necessárias para cruzarmos as próximas décadas. Teremos que permanentemente tentar outras e novas formas, comum num exercício do pensar permanente da análise. Porém nem tão comum quando se trata de um cotidiano endurecido por formas de sobrevivência que bate a sua porta.

Mas as utopias não morem, elas são “verdades prematuras” como dizia o pensador espanhol Alfonse de La Martine, elas nos fazem caminhar, ir um passo mais adiante e, nesta caminhada, verificar os elementos que permitem outras formas de combinação, e porque não as que ainda não existem e sequer foram testadas. Não podemos assistir sempre aos mesmos filmes, depois de um tempo eles se apagam e há necessidade de escrevermos novos roteiros cinematográficos para nossas vidas. Roteiros construímos a muitas cabeças pensantes, com as experiências colhidas ao longo da trajetória de vida. Vida vivida, vida experimentada e que clama por dias melhores.

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Paulo Bassani é Sociólogo e Professor convidado da FANORPI

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A busca por elementos sustentáveis é o grande desafio!

A busca por elementos sustentáveis é o grande desafio!

Será que outro mundo é possível, queremos outro mundo com melhores condições de habitabilidade para todos? O que observamos é que não podemos continuar da mesma forma, e não bastam inovações tecnológicas que ampliem a acumulação do capital. É preciso além de gerar empregos sobre essa nova dimensão, criar condições para que a qualidade de vida seja superior a quantidade de coisas para viver. O progresso econômico, sempre almejado nas últimas décadas, não trouxe mais emprego e nem renda as populações, pelo contrário. Além do mais gerou um modo de degradação da vida e das condições naturais da mesma. Para isso precisamos compreender e voltar os nossas esforços para reverter essa determinação, ou seja, da entropização do mundo como falava Ilya Prigogine, Prêmio Nobel em Química. Essa entropização implica na degradação da matéria e energia presente no planeta, que vem causando sérios problemas para a preservação da biodiversidade.

Se isso é verdadeiro, e muitos não querem aceitar, ai sim poderemos ter maior número possível de atores que orientem seus estudos e práticas para edificar esse mundo sob os princípios da sustentabilidade. A civilização necessita se reinventar para redescobrir a ordem do Cosmos e a ordem humana, que nos colocou neste planeta e, menos a ordem do capital, do mercado, do ganho material das coisas.

Necessitamos pensar o ser, o ser humano com outros fundamentos, pois estamos destruindo a casa comum que moramos, e, nessa intensidade em alguns anos, não permitirá habitarmos nela. Isso é o que dizem os maiores cientistas que se debruçam sobre isto.

Fomos instaurando um pensamento mecanicista que se acarretou algumas contribuições científicas para viver e, também, nos trouxe o risco. Ficamos na materialidade os nos idealismos de um modelo insustentável. E pouco estamos fazendo de diferente para construir um mundo equilibrado diante de um planeta finito.

O que se construiu foi um pensamento deslocado com a vida, um pensamento que atende, predominantemente, as necessidades do capital, do mercado, onde pouca gente se apropria disso, além do mais contribui esta forma, para destruirmos as bases que geram a manifestação da vida. Os seres humanos precisam entender que somos uma das espécies de seres vivos neste planeta, não a única.

Essa compreensão nos separaria de uma visão hegemônica e impactante criados e difundidos pela razão instrumental e a lógica científica da modernidade. O futuro da ciência que aí está não esta preparada para superar estas questões. Precisamos abrir o pensamento para gerar ideias, trilhas, propostas práticas para que um mundo sustentável possa se iniciar. Desconstruir essa racionalidade que levou a este estado, e construir uma nova racionalidade, sensível, dialógica, humana.

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Possibilidades sustentáveis e democráticas nas cidades

Possibilidades sustentáveis e democráticas nas cidades

Não há democracia sem o exercício das práticas democráticas em todas as dimensões da vida e estas vão muito além do voto. Quanto mais atores preparados, conscientes estiverem em cena, maior será a forma democrática que entendemos ser ideal: participativa, justa e transformadora. Isso significa incorporar todos os atores no processo de socialização entre a população e o poder público, moldando formas emancipadas, solidárias, colaborativas, transparentes, éticas.

Definindo uma agenda de participação e mobilização social para realizar as transformações sociais, econômicas, políticas e culturais necessárias para o bem viver urbano, para que a cidade se torne um espaço de vida de qualidade, que inclua que acolha a todos como protagonistas de um processo em permanente construção nessa busca. Para tanto se faz necessário a ampliação dos canais de participação popular, reconhecendo a heterogeneidade dos atores, das práticas e dos interesses urbanos. Isso para observar e valorizar as práticas democráticas invisíveis que se desenvolvem nos diversos espaços desse território. Observar as formas de participação direta e indireta nos processos de articulação e mobilização, deliberação e definição das estratégias de ação.

Vivemos um tempo em que o estado, em suas diferentes dimensões: nacional, estadual e municipal tende a diminuir sua presença na sociedade. Nisso os atores-cidadãos terão funções específicas para colaborar para a instalação de uma sociedade compartilhada, colaborativa e sustentável, através de uma gestão horizontalizada com regulação social que permita o controle e participação dos rumos urbanos.

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A equipe gestora do Habitat de Inovação da Fanorpi é composta pelos professores Fábio Vieira, Júnior Ferreira, Wandel Ricardo Coelho, Milena Oliveira, e pelos coordenadores dos cursos de Direito, Administração e Ciências Contábeis, respectivamente, Matheus Zurlo, Leandro Assis e Walter Francisco Lemos (suporte técnico de tecnologia). O principal objetivo é disponibilizar um local com profissionais capacitados, encontrar e/ou desenvolver ideias inovadoras, oferecendo apoio no seu processo de aperfeiçoamento, oportunizar conexões e network com a comunidade e com o ecossistema de inovação, consequentemente gerando renda, ocupação e desenvolvimento da região.

“Na próxima quarta-feira (04/08) a equipe gestora estará realizando um evento para os alunos e professores da instituição, caracterizando a primeira sensibilização do que é o Habitat e sua abrangência, e futuramente o mesmo deverá ser apresentado a toda comunidade”, explica Milena Oliveira.

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Era dos Extremos e suas manifestações: Porque pensar e escrever

Era dos Extremos e suas manifestações: Porque pensar e escrever

Estamos cruzando um momento civilizatório da experiência do humano sobre o planeta Terra de altos riscos, de alta tensão. Estudo as mudanças climáticas desde o inicio dos anos de 1990. A Eco-Conferência do Rio de Janeiro foi um momento inspirador e motivador para dedicar os estudos e pesquisas com o propósito de entender, analisar e propor no limite, mudanças sobre o ritmo derradeiro da marca humana no planeta, tanto a nível local quanto global. Como pesquisador, educador e extensionista universitário pude exercitar esse pensamento e essas práticas.

Nesta fase de minha vida intelectual sinto-me um pequeno escritor com alguns livros e outros no prelo, capítulos de livros, artigos e ensaios científicos e filosóficos. Não um autor que vive mercadologicamente daquilo que escreve, produz. Sinto as possibilidades no ar de viver um momento fértil de produção de ideias, pensamentos e perspectivos do amanhã.

Não me nego analisar o presente, mas prefiro dedicar meus esforços intelectuais dialogando com o futuro, com o que ainda não se manifestou. Essa é nossa tarefa, sonhar e construir utopias, pois como seres humanos fui compreendendo que inteligência não basta, é necessário utilizar nossos esforços para a imaginação e criatividade e, pensar etapas e dimensões que possam, de maneira emancipatória, melhor expressar nossa condição humana neste planeta.

Penso, reflito, leio e escrevo neste tempo de pandemia, de incertezas, de mudanças climáticas extremas e de angustias profundas. A pandemia do Covid em curso, juntamente com o calor extremo do hemisfério norte e de um frio pouco visto no hemisfério sul, e isso associado ao desemprego, a insegurança alimentar e fome se alastrando as populações.

Mas ainda há na profundeza do pensamento, a sensibilidade de sentir a vida pulsar com o calor necessário para energizar um novo tempo, que em breve virá. Leio e escrevo utopias, um exercício humano fundante, porque em minhas veias corre sangue que aquece um coração que bate forte e sente as pulsações de nosso povo de “nosso” planeta.

Esse novo tempo será de reconciliação do homem, para com sua espécie e, dele para com a natureza. As mazelas distorcidas prenhes na derme e epiderme dos seres humanos serão substituídas por um tempo de lucidez de nossa condição humana. Ai entenderemos que todo o esforço deve se dirigir para o empreendimento de vida, vida plena.

* Paulo Bassani é Sociólogo e Educador Ambiental, Professor Universitário e Professor convidado da FANORPI

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