A busca por elementos sustentáveis é o grande desafio!

Será que outro mundo é possível, queremos outro mundo com melhores condições de habitabilidade para todos? O que observamos é que não podemos continuar da mesma forma, e não bastam inovações tecnológicas que ampliem a acumulação do capital. É preciso além de gerar empregos sobre essa nova dimensão, criar condições para que a qualidade de vida seja superior a quantidade de coisas para viver. O progresso econômico, sempre almejado nas últimas décadas, não trouxe mais emprego e nem renda as populações, pelo contrário. Além do mais gerou um modo de degradação da vida e das condições naturais da mesma. Para isso precisamos compreender e voltar os nossas esforços para reverter essa determinação, ou seja, da entropização do mundo como falava Ilya Prigogine, Prêmio Nobel em Química. Essa entropização implica na degradação da matéria e energia presente no planeta, que vem causando sérios problemas para a preservação da biodiversidade.

Se isso é verdadeiro, e muitos não querem aceitar, ai sim poderemos ter maior número possível de atores que orientem seus estudos e práticas para edificar esse mundo sob os princípios da sustentabilidade. A civilização necessita se reinventar para redescobrir a ordem do Cosmos e a ordem humana, que nos colocou neste planeta e, menos a ordem do capital, do mercado, do ganho material das coisas.

Necessitamos pensar o ser, o ser humano com outros fundamentos, pois estamos destruindo a casa comum que moramos, e, nessa intensidade em alguns anos, não permitirá habitarmos nela. Isso é o que dizem os maiores cientistas que se debruçam sobre isto.

Fomos instaurando um pensamento mecanicista que se acarretou algumas contribuições científicas para viver e, também, nos trouxe o risco. Ficamos na materialidade os nos idealismos de um modelo insustentável. E pouco estamos fazendo de diferente para construir um mundo equilibrado diante de um planeta finito.

O que se construiu foi um pensamento deslocado com a vida, um pensamento que atende, predominantemente, as necessidades do capital, do mercado, onde pouca gente se apropria disso, além do mais contribui esta forma, para destruirmos as bases que geram a manifestação da vida. Os seres humanos precisam entender que somos uma das espécies de seres vivos neste planeta, não a única.

Essa compreensão nos separaria de uma visão hegemônica e impactante criados e difundidos pela razão instrumental e a lógica científica da modernidade. O futuro da ciência que aí está não esta preparada para superar estas questões. Precisamos abrir o pensamento para gerar ideias, trilhas, propostas práticas para que um mundo sustentável possa se iniciar. Desconstruir essa racionalidade que levou a este estado, e construir uma nova racionalidade, sensível, dialógica, humana.

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