O véu de ignorância na construção de uma Teoria da Justiça de John Rawls

Autores

  • Christovam Castilho Junior

Resumo

Na tradição do contrato social de Locke, Rousseau e Kant, inserem-se as ideias de Rawls que tem o pensamento de que as pessoas escolherão princípios justos se tiverem de escolher os princípios de justiça sem saber como poderão ser por eles afetados. Imagina, assim, uma experiência mental em que todas as pessoas se encontram numa "posição original" sob um "véu de ignorância", isto é, em que desconhecem quais as suas aptidões, posição social, riqueza, religião e concepção de valor e de bem. Assim, diante desta situação, nota-se que as pessoas chegarão através de um contrato social hipotético àquilo a que chama justiça como equidade. Basicamente dois princípios expressam esta concepção de justiça, um que estabelece que as desigualdades devem ser distribuídas de forma a beneficiarem todos e que devem decorrer de posições e funções a que todos tenham acesso; e outro que garante liberdades básicas iguais para todos, como as políticas de expressão e reunião, de consciência e de pensamento etc. O primeiro princípio nos diz que o ideal seria que a riqueza fosse distribuída de modo a fazer com que os que estão em pior situação fiquem tão bem quanto possível. Uma sociedade justa será liberal, democrática e um sistema de mercado no qual se procede à distribuição da riqueza e em que pessoas com capacidades e motivações iguais têm possibilidades iguais de sucesso, independentemente da classe social em que tenham nascido.

Biografia do Autor

Christovam Castilho Junior

Advogado (OAB/SP nº 279.931), Mestre em Direito, Conciliador do TJ/PR, Professor do Curso de Direito da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos (FAESO) e da Faculdade de Santo Antônio da Platina (FANORPI), e dos Cursos de Tecnologia em Agronegócio, Jogos Digitais e Ciência de Dados da Faculdade de Tecnologia de Ourinhos (FATEC).

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Publicado

2022-10-07